VII Encontro Nacional e VII Colóquio Internacional Corpo Freudiano Escola de Psicanálise – Seção São Luís
Uma Janela Para o Real
– A Fantasia na Psicanálise –
Inscrições Online Encerradas | Inscrições Somente no Local
23 a 26 de novembro de 2017
Hotel Luzeiros São Luís
Rua João Pereira Damasceno, 02 – Ponta do Farol
São Luís, MARANHÃO
Programação do VII Encontro
Faltam poucos dias! Confira aqui a programação completa do sétimo encontro, desenvolvida por seus participantes, por meio das inscrições de trabalhos.
Acesse o link abaixo para conferir a programação em PDF.
Não é sem motivo que Lacan concebe o fim de análise como ligado à questão da fantasia, mencionando a sua travessia. A fantasia é uma espécie de matriz psíquica que funciona mediatizando o encontro do sujeito com o real – o impossível de haver relação sexual. Como formula Lacan: “Na medida em que o objeto a faz em alguma parte o papel do que vem em lugar do parceiro que falta é que se constitui o que costumamos ver surgir também no lugar do real, isto é, a fantasia.” Ela é uma matriz simbólico-imaginária que permite ao sujeito fazer face ao real do gozo. Como em Freud, para Lacan a fantasia constitui igualmente o próprio princípio de realidade para o sujeito: “Essa fantasia, em que o sujeito é preso, é, como tal, o suporte do que se chama expressamente, na teoria freudiana, o princípio de realidade.”
A fantasia fundamental, concebida por Lacan como “o que instaura o lugar onde o sujeito pode se fixar como desejo”, pode ser considerada uma espécie de prisão domiciliar do sujeito: nela ele se encontra confortavelmente instalado, rodeado pelos s objetos investidos por sua libido e pelos objetos que lhe são familiares, desfrutando de uma tranquilidade que beira a inércia – mas está preso! Em seu interior, ele segue uma vida regida pelo princípio de prazer, mas, sem se dar conta disso, encontra-se radicalmente limitado por tudo aquilo que é prazeroso. O sujeito só perceberá que se trata efetivamente de uma prisão ao fim da análise. Também é bastante comum ouvir-se no cotidiano alguém dizer: “Tudo o que eu quero é paz!” Analiticamente, é possível ouvir nesse pedido de paz o eco de outro pedido: “Não me tirem de meu conforto fantasístico.”
A metáfora da prisão domiciliar é fecunda para tratar da fantasia: a prisão limita os movimentos do sujeito, dá um enquadramento restrito a eles, torna suas explorações no mundo pequenas e confinadas a determinadas regiões já conhecidas. Trata-se de uma redução brutal de sentido, constituído pela articulação simbólico-imaginária, para fazer face à falta de sentido do real. Como formula Lacan nessa mesma direção, “o próprio sujeito se reconhece ali como detido, ou, para lembrar-lhes uma noção mais familiar, fixado.”
A fantasia é sempre fantasia de relação sexual possível, e atravessar a fantasia é deparar-se com o impossível em jogo na relação sexual. Poderíamos, então, pensar que o fim da análise, como travessia da fantasia, é uma travessia da fantasia amorosa, para o neurótico, e uma travessia da fantasia de gozo, para o perverso. O fim da análise implicaria dar acesso ao neurótico ao polo do gozo do qual ele tanto se defende, e, no caso do perverso, implicaria o acesso à dimensão do amor, da qual ele também se defende. Mas o que mais importa nessa travessia não é apenas o fato de o sujeito ter acesso ao outro polo da fantasia, e sim que, ao fazê-lo, tenha acesso à dimensão que está escrita, no matema da fantasia, entre o $ e o a, que é a dimensão do desejo, inscrita no signo da punção: ◊. O desejo, aqui, está escrito como falta; e essa falta é a presentificação daquela perda de gozo que esteve na origem da entrada do sujeito no mundo humano, no mundo do simbólico.
Marco Antonio Coutinho Jorge
Convidado Internacional
Chawki Azouri
Chawki Azouri, é psiquiatra e psicanalista, chefe do serviço de psiquiatria e psicoterapia institucional que fundou em 2006 no Hospital Monte Líbano em Beirute. Será lançado no VII Encontro o seu livro Tive êxito onde o paranoico fracassa, Rio de Janeiro, Contra Capa, 2017.
DATA MÁXIMA DE ENVIO:
Prorrogada até o dia
30 de Setembro (sábado)
Os resumos de trabalhos dos Associados do Corpo Freudiano serão selecionados pelas Seções e Núcleos dos quais eles fazem parte. Logo, devem ser encaminhados para os membros da Comissão Científica de sua Seção ou Núcleo.
Os resumos dos trabalhos de não Associados do Corpo Freudiano serão selecionados pela Seção São Luís. Enviar o resumo para o e-mail: saoluis@corpofreudiano.com.br.
- Documento em Word, fonte Times New Roman 12, espaçamento 1,5, formatação justificada, folha A4, margens 2,5, máximo de 2000 (dois mil) caracteres, incluindo espaço.
- Cada participante pode inscrever apenas um trabalho.
- Máximo de co-autores por trabalho: 2.
- Indicar em destaque o eixo temático escolhido.
- Indicar a Seção ou Núcleo do Corpo Freudiano de que participa.
- Incluir o e-mail do(s) autor(es).
Para Não Associados:
Caso não seja Associado do Corpo Freudiano, encaminhar o Resumo para o e-mail:
saoluis@corpofreudiano.com.br- Máximo de 5 laudas, com a seguinte diagramação: folha A4, fonte Times New Roman 12, formatação justificada, margens 2,5, espaço 1,5.
- Título do eixo temático centralizado, caixa alta, em negrito.
- Título do trabalho centralizado, caixa alta, em negrito.
- Na linha abaixo do título do trabalho, com letra minúscula, alinhado à direita, nome do(s) autor(es), seguido da instituição e e-mail.
- Citações até três linhas devem ser inseridas no texto, entre aspas.
- Citações que ultrapassam três linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm à esquerda, tamanho da letra 10 e espaço simples.
- As citações devem ser seguidas pelas referências bibliográficas, as quais devem ser colocadas ao final de cada citação entre parênteses, segundo as normas da ABNT. Ex: (LACAN, 1973, p. 25).
- A bibliografia utilizada pelo trabalho deve ser colocada ao final do texto, em ordem alfabética, centralizada, em caixa alta e negrito com o título de REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
- As notas de rodapé devem ser usadas somente para fins explicativos e devem ser colocadas no final do trabalho.
Comissões
Comissão Organizadora
Francisco Frazão
Marco Antonio Coutinho Jorge
William Amorim
Comissão Científica
Ana Lucia Teixeira de Carvalho (Núcleo João Pessoa)
Ana Petros (Seminário Psicoanalítico de Tucumán)
Altair José dos Santos (Seção Goiânia)
Cristiane Cardoso Lollo (Seção Paris)
Denise Maurano (Seção Rio de Janeiro)
Elizabeth Chacur Juliboni (Seção Campos dos Goytacazes)
Elizabeth Cristina Landi (Seção Goiânia)
Felipe Castelo Branco (Seção Rio de Janeiro)
Fernanda Samico (Núcleo Vassouras)
Fernando Lima (Seção Goiânia)
Francisco Frazão (Seção São Luis)
Francisco Lamartine Guedes (Seção Teresina)
Francisco Lima Magno (Seção Teresina)
Germano Quintanilha Costa (Seção Campos dos Goytacazes)
Heloneida Ferreira Neri (Seção Rio de Janeiro)
Jacques Barbier (Association Insistance – Paris)
Jacques Siboni (Seção Paris)
Janaína Bianchi (Núcleo Dourados)
Jean-Michel Vivès (Seção Rio de Janeiro)
Joana Souza (Núcleo Teresópolis)
Julia Cristina Tosto Leite (Seção Rio de Janeiro)
Laéria Bezerra Fontenele (Seção Fortaleza)
Lavínia Carvalho Brito Neves (Núcleo Barra Mansa)
Lucia Maria de Freitas Perez (Seção Rio de Janeiro)
Ligia Haeitmann (Núcleo Macaé)
Marcia Smolka (Núcleo Cuiabá)
Marco Antonio Coutinho Jorge (Seção Rio de Janeiro)
Maria Fernanda Bumlai (Núcleo Cuiabá)
Maria Filomena Pinheiro Dias (Seção Belém)
Mario Eduardo Costa Pereira (Núcleo São Paulo)
Martin Lix Klett (Seminário Psicoanalítico de Tucumán)
Monica da Costa B. P. Marques (Seção Imperatriz)
Nadiá Paulo Ferreira (Seção Rio de Janeiro)
Orlando Cruxen (Seção Fortaleza)
Paola Mieli (Après-Coup Psychoanalytic Association, Nova Iorque)
Paolo Lollo (Seção Paris)
Sérgio Vizeu Lima Pinheiro (Seção Belém)
Silvia de Souza Levy (Seção Belém)
Silvia Grinberg (Seminário Psicoanalítico de Tucumán)
Sonia da Costa Leite (Seção Rio de Janeiro)
Tania Rivera (Seção Rio de Janeiro)
Teresinha Costa (Seção Rio de Janeiro)
Vera Maria Martins Barbosa Fragoso (Núcleo Macaé)
William Amorim de Souza (Seção São Luis)
Comissão Executiva
Ana Lília Menezes
Bruno Ricardo Marques Araujo
Thânis Kristine Maranhão Piorsky Aires
Érika Almeida Lauleta
Francisco Frazão
Júlia Soares Vasques
William Amorim de Sousa (Coordenador)
Hospedagem
As reservas do Hotel Luzeiros deverão ser efetuadas através da empresa VIAMUNDO.
Nossos serviços serão relacionados ao receptivo e turismo:
· Bloqueio das reservas no hotel;
· Reservas e organização das viagens desde as passagens aéreas até São Luís aos passeios no Maranhão;
· Organizar o receptivo no aeroporto, para os interessados em tranfer in/out ;
· Plantão durante o evento para os interessados em reservar passeios, city tour, dicas de restaurante.